Em 2024, foi observado um aumento expressivo nos ataques cibernéticos direcionados a setores essenciais, como saúde, indústrias e pequenas e médias empresas (PMEs). Esses ataques têm diferentes propósitos, incluindo extorsão financeira, roubo de informações sensíveis e manipulação da opinião pública por meio de campanhas de desinformação, frequentemente associadas à instabilidade geopolítica global.
As PMEs enfrentaram um aumento preocupante de ameaças, com ataques de ransomware crescendo consideravelmente e causando prejuízos financeiros substanciais em comparação a 2023. Em países com infraestrutura de segurança limitada, as empresas menores demonstraram maior vulnerabilidade devido à falta de recursos para lidar com métodos avançados de ataque.
Além disso, os ataques com motivações políticas também se intensificaram. Campanhas de desinformação e disseminação de mensagens manipuladoras nas redes sociais têm sido amplamente usadas para explorar tensões geopolíticas, visando influenciar a opinião pública. Sistemas críticos, como os relacionados a processos eleitorais, foram alvos frequentes de ataques DDoS, buscando enfraquecer a confiança no funcionamento democrático.
A evolução da tecnologia, particularmente a inteligência artificial (IA), desempenha um papel duplo nesse cenário. Enquanto a IA pode ser usada para melhorar a deteção e resposta a ameaças, também tem sido explorada por criminosos para aprimorar técnicas de phishing e engenharia social.
Diante desse panorama, torna-se imprescindível reforçar os investimentos em soluções de segurança modernas e implementar estratégias coordenadas para proteger setores críticos, garantindo maior resiliência contra possíveis crises futuras.